Reinventando a Matéria

Nos últimos dias pude observar através de eventos, mídia e experiencias na Universidade que a reinvenção é a tendência macro, seja aquelas que citei como a reinvenção da estrutura corporal (caveiras), ou do clássico, ou do que é "decadente".

A ultima Bienal Brasileira do Design deixou isso bem em evidência já que a proposta sustentabilidade com a ideia de reinvento se expressam em um casamento perfeito. A movimentação dos designers hoje gira propriamente em torno da reinvenção da matéria, ou seja, a atuação não é em torno do produto mas da matéria prima.

Ontem estava havendo na Universidade a preparação de uma exposição de Laboratório de Criatividade e Materiais Expressivos de Moda, onde parte dos trabalhos representava exatamente esse conceito:

(Trabalhos executados pelos Alunos do 1º de Moda da UFPI)

Achei bem interessante para experimentação de materiais, o que é fundamental em uma disciplina introdutória de moda, ainda mais com a exigência social atual que se tem para que os novos produtos desenvolvidos agreguem valor de consciência da questão ambiental vigente.

A tendência a reinvenção da matéria no campo do design de interiores ainda é mais visível, como se tem observado em trabalhos de renomados designers brasileiros:

(Cadeira Anêmona dos Irmãos Campana)

Os irmãos Campana dentro desse contexto também desenvolvem produtos de moda:

(Melisa Campana)

Na Universidade estou participando de um curso voltado para o design de interiores, reinventando um material têxtil bastante popular na região - a xita - com o objetivo de buscar outras aplicações que não sejam tão somente a confecção do vestuário.

(Primeiros trabalhos realizados pelas alunas do curso "Reinventando a Xita")

"A cada coleção, diante no papel em branco, sempre buscamos o novo e muitas vezes o impossível, para depois voltarmos a fazer o que sempre fazemos – aquilo que realmente nós sabemos, só que como outro olhar, com outras emoções; assim, concluo que para envolver e encantar nosso consumidores é preciso reinventar o que já se tem ". (Walter Rodrigues)