terça-feira, 24 de maio de 2011

Bolsas pra quê ti quero

Tenho especial interesse por bolsas, ainda mais agora que as confecciono, por isso hoje vou falar sobre elas. Outro dia li um artigo sobre o fascínio das mulheres sobre as bolsas (hoje em dia não só das mulheres), e li lá que a simbologia da bolsa é ligada ao órgão sexual feminino, assim como o formato da gravata é ligado ao masculino. É sério! Deve ser por isso que é indecoroso ao homem mexer em bolsas de mulher (BRAGA, 2007, p. 86).

As bolsas de mulher existem desde a idade do bronze, e eram amaradas a cintura. Na Idade Média, homem e mulheres usavam bolsas semelhantes – as esmoleiras (FRANCESCHINI, s/d, p.1):


Foi na Idade Contemporânea que as bolsa ganharam aspectos mais próximos do que conhecemos e, após a Revolução Francesa, seu uso foi mais difundido até mesmo para levar documentos pessoais que passaram a existir na Era Napoleônica. (BRAGA, 2007, p. 87)

As bolsas se tornaram mais habituais após o apogeu da Revolução industrial e eram pequenas e com alças.


No século XX as bolsas ganharam nova identidade devido ao processo de emancipação feminina e da praticidade exigida, assim passaram a ter divisões internas para comportar dinheiro, cartões de visita, lenços e outras coisas (BRAGA, 2007, p. 87).


Em outro momento as bolsas tornaram a tiracolo e durante a segunda guerra mundial foram úteis nesse formato pois guardavam as mascaras ante-gases e alimentos (BRAGA, 2007, p. 87).


Já nos anos 50 recuperaram o glamour e na década de 60 passaram a ser fabricadas com materiais bem diversificados e só nos anos 70 passaram a ser efetivamente usadas por homens e eram feitas de materiais artesanais (BRAGA, 2007, p. 87).


Nos anos 80 foi que definitivamente o status de griffe foi instituído para as bolsas, como é hoje, e foi nessa época, também, que surgiu a moda das mochilas (BRAGA, 2007, p. 87).


Assim, as bolsas originarias da necessidade gerada pelo costume medieval de dar esmolas, hoje são cobiçadas não apenas como utilidade, mas como desejo, que é característico da sociedade de consumo, e não apenas por mulheres, por homens também.


REFERÊNCIAS:

BRAGA, João. Bolsas. In Reflexões sobre moda. Monica Nunes (org.). Vol. II, 2. Ed. rev. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2007, p. 85 a 87.

FRANCESCHINI, Maria Angelica Vicente de Azevedo. História das Bolsas. In Sindicato da Industria de Artefatos de Couro do Estado de São Paulo. Disponível em:<http://www.sinacouro.org.br/bolsa/Pages/pg2.htm> . Acesso em: 23 de maio de 2011.


2 comentários:

  1. Fim de período na universidade então estou quase sem tempo para postar

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  2. Nossa, muito interessante! Não sabia isso de ser ligado aos órgãos sexuais hehe
    Adorei o post =*

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